segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um mês

Um mês pode ser muito tempo. Mas pode ser tão curto também.
Tudo depende. Quantos momentos inesquecíveis fizeram seu mês?
Para mim foi perfeito assim. Desse jeitinho.
Você do meu lado. Você longe de mim.
Pensamento nela. Momentos comigo.
Saudades dela. Lábios nos meus.
Aflições de querer ser sua. Nua.
Cama, colchão, vinho, cerveja, conversas jogadas, risadas.
Momentos crescentes. Momentos intensos.
O meu envolver no teu jeito envolvente.
Mas te querer para mim... Só para mim.
Surpreendente no curto espaço de um mês.
Ser sua. Ter você.
Por tempo desmedido.

sábado, 25 de setembro de 2010

te querer

Ser livre pra te querer,
Ainda assim, querer não te querer.
É um querer bem.
Que por ora, faz mal.
Ínfimos momentos de mal.
Consumidos pela insegurança,
Devastados pelo medo,
Escondidos atrás do novo.
Tão arriscado ser de alguém.
Quando a incerteza do ter alguém,
Nos traz uma vulnerabilidade traduzida em uma única palavra: paixão

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Liberdade

Queria ser livre como uma borboleta,
Completamente solta, lançada à vida.
Pronta para superar qualquer desafio.
Viver intensamente as 24 horas que me seriam eternas.
Gozar do prazer de uma boa companhia.
Sentir o tempero picante do mais doce relacionamento.
Respirar o sufocante ar do amor.
Sem medo de ousar.
Ousar para dizer te quero,
Ousar para dizer te amo,
Ousar para dizer te espero,
Ousar para dizer vá!
Ousar para dizer fica comigo...
Sem a insegurança de uma frágil menina.
Ser eu a todo instante.
Com ou sem dor, com ou sem flor, com ou sem desamor.
Simplesmente, sentir...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Saudade

Ahhh, saudade...
Quanto tempo você sobrevive?
Qual seu prazo de validade?
De saudade, vira costume.
Cai no esquecimento.
Até que, por um descuido qualquer, aqueles momentos acordam nossa fraca memória.
E se transformam, de novo, em saudade.
Saudade de quem não volta.
Saudade de quem acabei de deixar no ponto de ônibus.
Saudade daquela viagem, daquele beijo, daquela cama.
Saudade de namorar você.
De mim, quando éramos eu e você.
Daquela infância. Das velhas amizades.
Queria viver tudo de novo.
Para manter a saudade aqui, presente em cada lembrança.
Como se cada dia do passado fosse tão real quanto esse minuto que acabei de deixar pra trás.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Novo amor

O novo amor sempre tem um “quê” de mistério.
Mistério esse que atrai, que distrai.
Que mata, que faz viver.
O que passa pela sua cabeça, meu novo amor?
Te desvendar torna-se uma missão.
Cuidar, descuidar. Um cuidar por vontade.
Um descuidar proposital.
Instiga, ilude, invade.
Jogo perigoso é o amor.
Mas o prazer de jogar...
Move. Comove. Sofre.
Só quem joga...
...se joga.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Hoje

Hoje não vou falar de amor.
Vou falar das flores que brotam nos jardins,
Da brisa que acolhe meus momentos vãos,
Das nuvens que desenham o céu,
Do mar que engrandece a alma.
Do riso contido.
Do juízo perdido.
Da alegria descabida.
Da tristeza findada.
Hoje vou enobrecer os instantes apaixonados.
Uma criança correndo no parque.
Um velhinho namorando na praça.
A sombra das árvores.
O farfalhar das folhas.
O reflexo da paisagem no lago.
O som das ondas quebrando.
O cheiro da chuva.
Sussurros ao pé do ouvido.
Hoje vai ser só isso...
Mas pra quem sabe enxergar o mundo com intensidade,
O hoje se tornará infinito.

sábado, 18 de setembro de 2010

Meu mundo

Meu mundo não é meu mundo
Crio, recrio.
Querer ser alguém. Ser outra.
Controlar o incontrolável.
Razão nas paixões.
Não há.
Se entregar às emoções?
Outrora não. Agora, sim.
Até quando vamos pensar, pensar e pensar?
Na busca pelo perfeito, são as imperfeições que comandam.
Ser alguém. Mas ser completo. Nunca metade.
E isso basta.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quando o amor acontece

Ele vem de repente. Não tem hora.
Não tem documento. Não tem identidade. Invade.
Não tem razão.                      
Nem sexo.
Perco o chão.
Respirar. Perder o ar. Sufocar. Chorar. Rir.
Rir de chorar.
Rir de fazer rir.
Sexo.
Mais sexo.
Amor. Amor apenas por amar.
Sexo com amor? Eu e você.
Real prazer? Sua companhia.
Me irrita. Me cansa.
Brigo. Choro. Odeio.
Amo, adoro, venero. Admiro.
Paradoxo.
Paradoxalmente amar.
Coisas do coração não se explicam.
Me deixo levar.
Por você...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Instantes

Sou feita de prazeres.
São eles que me mantêm inteira.
Vivo como a lua, a observar.
Uns me encantam. Outros, desencantam.
Alguns apenas cantam.
Canto triste, sereno.
Depende de como os ouço.
Sou fraca como um castelo de areia, prestes a desabar.
Mas forte como um navio a desbravar mares.
Inconstante.
Penso muito. Logo mais, em nada penso.
Confundo.
Que graça teria a vida se não fosse a incerteza de cada instante?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Palavras Soltas

Palavras soltas.
Pensamentos soltos.
Atitudes presas. Mentes confusas.
Conturbadas pelo mimo de amar.
De não se amar. De amar muito ao outro.
Angustias que às vezes são sentidas na pele. Corpo anestesiado que não me deixa dormir.
Medo da rejeição.
Depois. Felicidade que não cabe em si.
Dupla personalidade?
Não. Apenas insanidades de um ser humano como outro qualquer.