sábado, 23 de outubro de 2010

Inlucidez

Não importa.
Não importa o que me dizem de você.
O que me dizem por você.
O que eu sinto por ti não exige explicação, nem dicionários, vãos.
Meras palavras sinceras
São verdades bestas.
De quem não entende,
Ou que em sua estupidez
Prefere não entender o quão incrível és.
Te enxergo um infinito.
Talvez mais do que devias.
Do que desvias.
Almejo,
Sinto,
Morro.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nostalgia

Sou cheia de saudades.
Saudade dos Hi-Fi’s aos oito anos de idade; de brincar de casinha debaixo da mesa; de ser mãe do Pedrinho e você o pai.
Saudade de ter ciúmes da melhor amiga; de escrever embaixo da cama; de brincar de noite do pega e também de pega-bicho; de pintar de palhaço às mil palhaçadas; Rádio Quartel, bis, filmes de terror, Spice Girls, Chiquititas.
Saudade das tardes na casa da vovó; da vitamina de abacate; de jogar burro, fedor e mico; de me embaralhar com as brincadeiras de criança; da criatividade de um primo e da ingenuidade de uma prima; de ensinar palavrões e músicas cheias de bobagens.
Saudade dos “esquenta bunda” da titia; dos natais no sítio da tia Elaine; de acreditar no coelhinho da páscoa; da ansiedade em véspera de aniversário; das brigas com a irmã; de toddyinho, passatempo e sessão da tarde.
Saudade da salada-mista; das brincadeiras no meu prédio; de acreditar estar vendo disco voador; de inventar que dormimos juntas pra fazer ciúmes em alguém; de nós, que ríamos a cada besteira ou transmissão de pensamento.
Saudade da adolescência; de quando descobria uma novidade amorosa; ou sexual; de quando brincávamos de acertar palavras pronunciadas debaixo d’água: uva, maçã, abacaxi, melancia, banana; a gente sempre adivinhava...
Saudade de quando você perdeu a virgindade; “Eu sabia que seria hoje!”; de quando namorávamos melhores amigos; dos cinemas, paixões e conversas compartilhadas; das brigas e preocupações bobas; mas na época sérias por demais.
Ahhh... Se eu pudesse voltar no tempo teria filmado cada um desses momentos. Que prazer me daria revê-los! E mais ainda, revivê-los!





segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um mês

Um mês pode ser muito tempo. Mas pode ser tão curto também.
Tudo depende. Quantos momentos inesquecíveis fizeram seu mês?
Para mim foi perfeito assim. Desse jeitinho.
Você do meu lado. Você longe de mim.
Pensamento nela. Momentos comigo.
Saudades dela. Lábios nos meus.
Aflições de querer ser sua. Nua.
Cama, colchão, vinho, cerveja, conversas jogadas, risadas.
Momentos crescentes. Momentos intensos.
O meu envolver no teu jeito envolvente.
Mas te querer para mim... Só para mim.
Surpreendente no curto espaço de um mês.
Ser sua. Ter você.
Por tempo desmedido.

sábado, 25 de setembro de 2010

te querer

Ser livre pra te querer,
Ainda assim, querer não te querer.
É um querer bem.
Que por ora, faz mal.
Ínfimos momentos de mal.
Consumidos pela insegurança,
Devastados pelo medo,
Escondidos atrás do novo.
Tão arriscado ser de alguém.
Quando a incerteza do ter alguém,
Nos traz uma vulnerabilidade traduzida em uma única palavra: paixão

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Liberdade

Queria ser livre como uma borboleta,
Completamente solta, lançada à vida.
Pronta para superar qualquer desafio.
Viver intensamente as 24 horas que me seriam eternas.
Gozar do prazer de uma boa companhia.
Sentir o tempero picante do mais doce relacionamento.
Respirar o sufocante ar do amor.
Sem medo de ousar.
Ousar para dizer te quero,
Ousar para dizer te amo,
Ousar para dizer te espero,
Ousar para dizer vá!
Ousar para dizer fica comigo...
Sem a insegurança de uma frágil menina.
Ser eu a todo instante.
Com ou sem dor, com ou sem flor, com ou sem desamor.
Simplesmente, sentir...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Saudade

Ahhh, saudade...
Quanto tempo você sobrevive?
Qual seu prazo de validade?
De saudade, vira costume.
Cai no esquecimento.
Até que, por um descuido qualquer, aqueles momentos acordam nossa fraca memória.
E se transformam, de novo, em saudade.
Saudade de quem não volta.
Saudade de quem acabei de deixar no ponto de ônibus.
Saudade daquela viagem, daquele beijo, daquela cama.
Saudade de namorar você.
De mim, quando éramos eu e você.
Daquela infância. Das velhas amizades.
Queria viver tudo de novo.
Para manter a saudade aqui, presente em cada lembrança.
Como se cada dia do passado fosse tão real quanto esse minuto que acabei de deixar pra trás.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Novo amor

O novo amor sempre tem um “quê” de mistério.
Mistério esse que atrai, que distrai.
Que mata, que faz viver.
O que passa pela sua cabeça, meu novo amor?
Te desvendar torna-se uma missão.
Cuidar, descuidar. Um cuidar por vontade.
Um descuidar proposital.
Instiga, ilude, invade.
Jogo perigoso é o amor.
Mas o prazer de jogar...
Move. Comove. Sofre.
Só quem joga...
...se joga.